quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Ministério Público alerta carvoeiros no Extremo Sul

Mais de 500 carvoeiros do Extremo Sul da Bahia foram advertidos pelo Ministério Público estadual nesta terça-feira, dia 2 de outubro, quanto à necessidade de obtenção de Registro de Atividade Florestal (RAF) e licença ambiental para continuarem exercendo a atividade. Eles participaram de uma audiência realizada pelo MP em Teixeira de Freitas, onde, “de forma inédita”, reuniram-se com a diretora do Centro de Recursos Ambientais (CRA), Beth Wagner, e com o diretor de Áreas Florestais da Secretaria de Meio Ambiente de Recursos Hídricos do Estado da Bahia (Semarh), Plínio Lima, informou o promotor de Justiça Alexandre Cruz, que presidiu a reunião. Segundo ele, os diretores dos órgãos estaduais comprometeram-se a designar, em novembro próximo, uma equipe para prestar o atendimento necessário à regularização das atividades de produção e comercialização do carvão na região.
Também na reunião em que esteve presente o promotor de Justiça de Medeiros Neto, Carlos Leão, os carvoeiros foram comunicados de que o CRA irá intensificar a fiscalização, concentrando o trabalho em relação às carvoarias que utilizam madeira nativa para produzirem o carvão.
De acordo com o promotor de Justiça, que é coordenador do Núcleo Mata Atlântica – Regional Costa das Baleias, os carvoeiros afirmaram não haver interesse em utilizar a madeira nativa, mas, sim, a vontade de agir corretamente, utilizando apenas madeira exótica (resíduos de eucalipto) na produção do carvão. Alexandre Cruz solicitou ainda aos participantes da reunião que denunciem aqueles que insistirem em produzir carvão a partir de madeira nativa, pois eles acabam colocando em risco os demais produtores.



Asscon/MP

Nenhum comentário: