
E o país amanhece de ressaca. Foi um porre acompanhar durante mais de 110 dias uma enxurrada de denuncias contra o presidente do senado, e vê-lo anistiado pelo plenário.
Durante todos esses dias, nós brasileiros vimos expostas, as entranhas de uma instituição, que supostamente ocupava as primeiras posições na escala de credibilidade e confiabilidade na opinião da maioria dos cidadãos brasileiros. Quem um dia imaginou ver o senado exposto desta forma? Quem imaginou testemunhar numa democracia “consolidada”, em pleno século 21, o Senado, fechar a suas portas para em sessão secreta, votar a cas-sa-ção ou absolvição do seu presidente? Barrar Deputados Federais com autorização do Supremo para acompanhar a votação...? Foi demais.
Mas... pior mesmo, foi ver Renan Calheiros permanecer no senado com a aquiescência, a cumplicidade dos “ex”celentíssimos senadores Idelí Salvati e Aloísio mercadante. Duas figuras públicas, com história de luta, resistência, postura e ética, mancharem as suas histórias ao se absterem de votar. Covardes, vocês foram covardes. Os brasileiros não mereciam estas atitudes de Pilatos.
O Brasil hoje é um misto, frustração e consternação. Frustração porque o senado não referendou a vontade soberana do povo. Consternação, por que morre neste sinistro episódio um pouco da credibilidade que o povo depositava na instituição, Senado da República.
É hora de repensar, a forma de escolher estes “homens” públicos.
Este tipo de Renan... Homem público, que hoje ocupa cargo eletivo, é o puro resultado da ma qualidade de quem os escolheu. Preconceito à parte. Não da pra continuar deixando certo tipo de gente votando, ou teremos sempre, Renans, Joões Alves, Genebaldos e companhia.
A sensação que temos, é que em cada senador, com raríssimas exceções, tem um pouco de “Renan” em suas ações. Renan cooptou para seu apoio, todos aqueles que têm rabo preso. Sem dúvida alguma foi a vitória da chantagem, prática bem conhecida por quem vive à margem da lei.
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